O livro conta a relação,
O livro inicia quando Leonardo descobre, através de um programa de TV, que seu pai foi preso através da "Operação Guilhotina", sendo acusado de repassar informações sigilosas e venda de armas a traficantes no Rio de Janeiro. Entretanto esse apenas foi mais um ponto para que a distância entre eles se tornasse maior, mas tudo começou quando ele ainda era criança.
Filho de pais separados, o pai sempre foi um estranho e desde pequeno tinha certa aversão as visitas daquele homem a quem chamava de pai. Isso se acentuou na adolescência, até que um fator determinante fez com que rompessem totalmente os laços, se é que existiu em algum dia...
Fiquei muito feliz ao receber o e-book do Leonardo (primeiro parceiro do Baú :D), me interessei de cara pelo livro. Acredito por tratar de temas tão atuais do nosso país como a corrupção. Mas a essência do livro não é essa e sim o relacionamento de um pai e um filho.
Gostei bastante da leitura! Fácil, simples, foi como se eu tivesse pego o próprio diário dele e invadido toda a sua privacidade. Digo que ele foi muito corajoso ao se abrir tanto.
É um livro que te prende, pois queremos entender o que faz a relação de pai e filho simplesmente não existir. Admito que por vezes fiquei triste, afinal não há como não se envolver (se eu já me envolvo com ficção, imagina reais...), mas por dois motivos: o primeiro porque naturalmente se espera uma solução, um momento em que um ou o outro vai ceder, pedir perdão. O segundo porque lembrei muito de um amigo que tenho e apesar das histórias não terem qualquer semelhança, foi impossível não lembrar dele e da relação conturbada que tem com o pai. E das milhões de vezes que já ouvi ele dizer que não gosta do pai.
Acho que foi um choque de realidade. Eu pensava quando esse meu amigo dizia isso, "ele diz isso da boca pra fora. Pai é pai!". Mas entendi que "pai é pai", quando se tem um.
Apesar do tema, ele consegue tirar boas risadas, ele é de um senso de humor incrível.
Eu gostei muito do livro é daqueles que te faz refletir, pensar. Faz a gente ficar divagando e pensando nas decisões que cada um tomou. Não há mocinho, não há vilão. Acredito que ambos são os dois. Como o próprio nome do livro, ambos são Condenáveis.
Indicação certa! Para quem não leu, vale a pena conferir!
Beijo grande
Pri